Trinta pessoas foram denunciadas criminalmente pelo MPF (Ministério Público Federal) pelos prejuízos ao Paraná decorrentes dos contratos com a concessionárias de pedágio no Anel de Integração. A denúncia foi oferecida nesta segunda-feira (28).
Entre os denunciados, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e o irmão, Pepe Richa, que ex-secretário de Infraestrutura e Logística.
Os prejuízos com a supressão de obras e aumento de tarifas, segundo com o MPF, é R$ 8,4 bilhões desde houve a concessão das rodovias, em 1997.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, foram três ilegalidades: "Houve suspensão de ações judiciais de forma indevida; houve aditivos de contratos para supressão de obras e omissão nas fiscalizações".
Janeiro de 2018 houve pagamento de propina e existem acordos de propina pendentes porque os contratos ainda estão em vigor.
A Força-Tarefa da Lava Jato expôs nesta segunda-feira (28) os detalhes e os motivos da denúncia criminal, além das denúncias cíveis que já estão em trâmite na Justiça.
O procurador, Diogo Castor, apontou que ao longo do contrato com as concessionárias, 403 pessoas morreram nas estradas com pistas simples, em trechos que deveriam estar duplicados, nos últimos cinco anos.
O trecho entre Cascavel e Santa Terezinha de Itaipu foi destacado pelo procurador.
"A corrupção deixou um rastro de sangue e de morte no Paraná. O Estado deveria ter 995 quilômetros de estradas duplicadas. Entre eles, o trecho entre Cascavel e Santa Terezinha de Itaipu, que era para estar duplicado desde 2004".
A Justiça ainda não deu à defesa acesso à denúncia. E reafirma que seu cliente não cometeu nenhuma irregularidade, e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos". Nota da defesa do Beto Richa