Justiça acata denúncia contra Beto Richa e outras nove pessoas por corrupção e organização criminosa

A Justiça acatou a denúncia contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) que investiga pagamento de propina a Richa e outros nove agentes públicos por empresas de pedágio no Paraná.

A Justiça acatou a denúncia contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) que investiga pagamento de propina a Richa e outros nove agentes públicos por empresas de pedágio no Paraná. A denúncia foi divulgada neste domingo (10) e faz parte da Operação Integração. Com isso, eles viraram réus por crimes como organização criminosa e corrupção passiva. 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração, e de obras rodoviárias não executadas. A propina paga em troca dos benefícios, conforme os procuradores, foi estimada em pelo menos R$ 35 milhões.

Beto Richa chegou a ser preso no dia 25 de janeiro, na 58ª fase da Operação Lava Jato. A defesa diz que o ex-governador não cometeu irregularidades e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos.

O MPF dividiu as acusações em duas denúncias. Essa envolve agentes públicos, como Beto Richa, Pepe Richa – irmão do ex-governador e ex-secretário de Infraestrutura e Logística do estado – e mais outras oito pessoas.

As denúncias sustentam que o esquema de pagamentos de propina pelas concessionárias de pedágio teve início há cerca de 20 anos. Conforme os procuradores, a corrupção elevou as tarifas de pedágio pagas pelos usuários, e fez com que apenas 25% das obras previstas fossem realizadas.

Segundo a Lava Jato, as concessionárias se comprometeram a duplicar 995,7 quilômetros de rodovias no início dos contratos, mas até hoje apenas 273,5 quilômetros foram duplicados.

" O prejuízo vai muito além e se estende sobre toda a cadeia produtiva do estado do Paraná que deixou de se valer de uma infraestrutura adequada. Nós temos uma infraestrutura de rodovias muito pior do que nós deveríamos ter", afirmou o procurador Deltan Dallagnol.

 

Ministério Público recorre contra decisão do Supremo que libertou Beto Richa

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão que determinou a soltura do ex-governador Beto Richa (PSDB), preso no último dia 25 na operação Integração II, fase da Lava Jato que investiga um esquema de cobrança de propina de concessionárias do pedágio. No recurso, o MPF pede para que o ministro relator do caso ou a Sexta Turma do STJ reavaliem a ordem concedida pelo presidente da Corte, ministro João Otávio de Noronha, e que seja restabelecida a prisão do tucano.

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