Coreanos desistem de projeto de ferrovia no Paraná e governo busca plano B

A ideia de envolver a iniciativa privada na etapa inicial de criação de uma modelagem e de desenho para construir uma ferrovia no Paraná acabou não avançando

"A ideia de envolver a iniciativa privada na etapa inicial – de criação de uma modelagem e de desenho – para construir uma ferrovia no Paraná acabou não avançando. Recentemente, o consórcio que estava envolvido na iniciativa, substancialmente financiado por um grupo coreano, oficializou a desistência – e agora a gestão estadual trabalha com uma alternativa para dar prosseguimento ao projeto.

A Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para um corredor ferroviário entre Dourados, no Mato Grosso, e Paranaguá, no litoral do Paraná, foi lançada em 2017, na gestão Beto Richa (PSDB), convidando empresas a elaborar os estudos necessários para embasar o empreendimento.

Ao longo de 2018, como a Gazeta do Povo noticiou, algumas organizações empresariais foram abandonando o projeto e apenas o consórcio financiado por um grupo coreano se manteve firme na iniciativa. Recentemente, porém, o consórcio oficializou a desistência, alegando, entre outros fatores, a dificuldade de captar recursos com investidores para fazer os estudos necessários, especialmente os que envolvem trabalho de campo, como levantamentos topográficos e de solo.

Durante entrevista sobre os 100 dias de governo, no último dia 15, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não mencionou em que estágio estava o projeto da chamada nova Ferroeste. Preferiu falar da retomada das negociações federais e internacionais para o corredor bioceânico, um antigo projeto que pretende estabelecer uma rota ferroviária cortando o continente para ligar o Pacífico ao Atlântico.

Mas naquele mesmo dia, em reunião com empresários na Associação Comercial do Paraná (ACP), o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex de Oliveira, contou que a gestão estadual pretende bancar o projeto, com dinheiro de uma linha de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Sem citar que a ideia de fazer uma PMI havia sido abandonada, o secretário declarou que há um crédito pré-aprovado para obras de infraestrutura e que serão usados até US$ 7 milhões (aproximadamente R$ 28 milhões) para custear o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) do trecho paranaense da obra da ferrovia."
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