O Paraná está se consolidando como o maior produtor de fio de seda de qualidade do mundo, sendo procurado por indústrias de fiação da Europa e da Ásia. O Estado responde por cerca de 83% da produção nacional, com destaque para a região noroeste, a qual concentra 62% da produção do estado.
O fortalecimento da atividade está resultando no aumento de renda para o produtor e para os municípios produtores, e de acordo com os resultados obtidos em pesquisas, fica constado que a atividade remunera os custos de produção e pode oferecer margens satisfatórias para aumentar a renda da agricultura familiar. Atualmente inovações no processo produtivo reduzem a penosidade no trabalho e tornam a atividade mais atrativa à sucessão familiar, viabilizando a permanência das famílias no meio rural.
Segundo Oswaldo da Silva Pádua, coordenador de Sericicultura do Instituto Emater, há propriedades em que a terceira geração já assumiu a atividade. Pádua calcula que com dois a três hectares plantados com amoreira é possível obter renda de R$ 5 mil a R$ 6 mil durante 10 meses do ano.
Além da rentabilidade, a sericicultura é uma atividade sustentável ao meio ambiente, pois denuncia casos de derivas – desvio de agrotóxico para lavouras vizinhas, fora da área que se pretende atingir. “Se o produto é usado em excesso ou sem o cuidado necessário mata as larvas do bicho-da-seda. Trata-se de cultura limpa e que fixa a mão de obra no campo” explica o extensionista.
O evento teve apoio do Governo do Estado do Paraná através da Secretária da Agricultura e do Abastecimento e foi organizado pela Prefeitura Municipal e todo seu secretariado em conjunto com Instituto Emater, Fiação de Seda Bratac, Abraseda e toda a Câmara Técnica do Complexo de Seda do Estado do Paraná. Estiveram presentes o Diretor de Extensão Rural do Instituto Emater Nelson Harger e o Secretário Estadual da Agricultura Norberto Ortigara, que fez a abertura oficial do evento, e em breve discurso deu as boas-vindas a todos os participantes e salientou a importância da cadeia sericícola para o Estado.
No evento foram apresentados os exemplos das 18 unidades de referência, como são chamadas as propriedades criadoras do bicho-da-seda que apresentam ganhos de produtividade e de produção. De acordo com Ortigara, no Paraná há uma interação forte entre o poder público, por meio da Secretaria da Agricultura, Emater e Iapar, os produtores, a indústria e as universidades estaduais que investem na sericicultura. “O Governo do Estado se coloca na condição de parceiro para ajudar que mais gente se envolva na atividade”, afirmou Ortigara.
O Encontro foi realizado no Ginásio de Esportes Wassílio Mamus durante todo dia, com recepção dos participantes a partir das 6h30 horas para inscrição e café da manhã, com encerramento as 17:00. O Cronograma do Evento contou com apresentações técnicas, apresentações de resultados das unidades de referência, palestras, projetos de inovações na sericicultura, atrações artísticas e sorteio de brindes durante todos dia para os participantes.