Produção de soja reduzida e vendas abaixo da média histórica marcaram a semana

Foto: Augustinho/Portal Palotina

O clima irregular, principalmente a falta de chuvas em Mato Grosso, preocupa e fez a consultoria Safras & Mercado revisar para baixo a sua previsão para a produção brasileira de soja em 2023/24.

Ainda assim, a temporada deverá ser a maior da história, mas a questão climática segue no radar. A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 158,23 milhões de toneladas, com elevação de 0,3% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas.

Em 24 de novembro, data da estimativa anterior, a projeção era de 161,38 milhões de toneladas. Desta forma, a redução sobre a previsão do último relatório é de 1,95%.

“De qualquer forma, até o momento entendemos que a produtividade média deve ser inferior à registrada nas últimas temporadas, mas o clima no restante do mês de dezembro pode impedir que as perdas aumentem, levando também a uma possível recuperação de alguns talhões”.

O analista lembra que a safra brasileira ainda depende do clima, principalmente nas regiões Sul, Norte e Nordeste.

“Se o clima não melhorar, podemos ver perdas maiores, mas se melhorar, alguns estados podem surpreender, compensando parte das perdas esperadas para o Mato Grosso. Tal indefinição ainda pode permitir o registro de uma safra recorde no país”, conclui.

Comercialização da soja

A comercialização da safra 2022/23 de soja do Brasil envolve 92,7% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 8 de dezembro. No relatório anterior, com dados de 3 de novembro, o número era de 89,5%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 92,6%. A média de cinco anos para o período é de 95,9%. Levando-se em conta uma safra estimada em 157,83 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 146,23 milhões de toneladas.

Vendas antecipadas

Considerando uma safra de 158,23 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada de 27%, envolvendo 42,67 milhões de toneladas.

Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 23,6% e a média para o período é de 37%.

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