Renato Gaúcho usou uma de suas tiradas para explicar a derrota por 1 a 0 para o Libertad, na noite desta terça-feira: "tem dia que é noite". Com uma série de erros, alguns recorrentes ainda da estreia contra o Rosario Central, o próprio Grêmio foi responsável por criar esta realidade. Acabou vaiado em plena Arena e se complicou no Grupo H da Libertadores.
Como bem frisou o treinador após o jogo, a derrota não é o fim do mundo e bem tira o mérito da campanha da equipe no Gauchão. Mas um ponto em seis disputados na Libertadores não é uma conta comum de fazer para o Grêmio. Nos próximos quatro jogos, recai a obrigação de reação para os gremistas.
– O Grêmio perdeu, mas parece que o mundo acabará. Ninguém gosta de perder, ainda mais em uma Libertadores, mas não é o fim do mundo. Hoje foi o Grêmio. Não está tudo errado. Ao contrário, está tudo certo, mas hoje deu errado. Menos. Muita calma nessa hora. Jogamos mal, não merecemos a vitória. Mas confio plenamente nos jogadores – apontou o treinador.
Grêmio perde para o Libertad na Arena — Foto: Eduardo Moura
Defesa desorganizada
A defesa esteve desorganizada em diversos momentos nestes dois jogos de Libertadores. Os dois gols tiveram origem no lado de Leonardo, substituto de Léo Moura.
O lance definidor do jogo veio em contra-ataque do Libertad. Everton perdeu a bola no campo ofensivo e não conseguiu matar a jogada. Pelo lado esquerdo do ataque, Martínez dançou para cima de Geromel, no um contra um, e conseguiu cruzamento para Bareiro marcar. Na jogada, foram seis jogadores do Grêmio contra quatro do Libertad. Michel também não voltou a tempo de cortar, enquanto Leonardo recompôs por dentro da área.
– A defesa está um pouco desorganizada. A equipe é sempre muito organizada, o professor Renato nos orienta a errar o mínimo possível, mas em um lance bobo saiu o gol – comentou Paulo Victor.
Defesa do Grêmio desorganizada no gol do Libertad — Foto: Reprodução
Pode ser ainda resquício do início de temporada, mas o time também tem demonstrado erros de desatenção, como o de Cortez antes da chance perdida por Cardozo no início da partida. E também não repete alguns comportamentos comuns ao time. Por exemplo, pressionou pouco o jogador adversário com a posse da bola. O Libertad, por outro lado, abusou deste expediente para complicar a saída gremista. Luan sofreu com a intensidade da marcação.
– Deixamos eles jogarem às vezes, apertamos pouco. Fugimos um pouco da nossa força em casa. O Grêmio precisa voltar a ser o Grêmio que sempre foi – reconheceu Marinho.