Mais de 20 ônibus são incendiados no Rio de Janeiro após morte de miliciano

Foto: Reprodução

Na segunda-feira, milicianos da Zona Oeste atacaram a cidade em represália à morte do sobrinho do chefe do grupo, Zinho. Cada ônibus comum queimado custará cerca de R$ 850 mil para repor. BRT novo custa cerca de R$ 2,4 milhões cada.

O terror que a Zona Oeste do Rio de Janeiro passou na última segunda-feira (23) terá desdobramentos para o Estado e para a população. Com o recorde de 35 ônibus incendiados em um dia, o prejuízo financeiro, só com os veículos, ultrapassa os R$ 35 milhões.

Já o transtorno para quem precisa dos ônibus para os deslocamentos pela cidade é incalculável. Na opinião de especialistas, os próximos dias serão complicados para moradores e trabalhadores da Zona Oeste.

Dados levantados pela Globonews indicam que 70% das pessoas que se deslocam no Rio de Janeiro utilizam o transporte de ônibus coletivo.

Com os 35 ônibus incendiados, a população não terá uma reposição rápida, como explicou o comentarista da GloboNews André Trigueiro. Para ele, cada reposição demora, no mínimo, seis meses.

O problema representa mais pessoas no ponto de ônibus, menos veículos circulando e muita dor de cabeça para chegar ao trabalho e voltar para casa.

Segundo Trigueiro, cada modelo convencional dos ônibus que circulam no município custa cerca de R$ 850 mil. Já os modelos novos do BRT, ultrapassam os R$ 2,4 milhões por unidade.

Os ataques da última segunda queimaram 30 ônibus comuns e 5 veículos do BRT. No total, o prejuízo ultrapassa os R$ 37 milhões.

Atualmente a Zona Oeste tem 2,6 milhões de habitantes, o que representa cerca de 41% da população carioca. A região possui 40 bairros e 70% do território total do município.

Bandidos queimam trem e dezenas de ônibus no maior ataque ao transporte público do Rio de Janeiro

Terror na Zona Oeste

A morte de um miliciano provocou um dia de terror na Zona Oeste do Rio na tarde desta segunda-feira (23). Ao menos 35 ônibus e 1 trem foram queimados a mando de criminosos na região, no que já é o dia com mais coletivos incendiados na história da cidade, segundo o Rio Ônibus.

Entre os coletivos queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento.

Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho (veja o mapa mais abaixo). Mais de 1 milhão de pessoas vive nessa área.

Passageiros tiveram que deixar alguns dos coletivos às pressas momentos antes de os criminosos atearem fogo aos ônibus. No Recreio, uma usuária do BRT chegou a cair com o rosto no chão ao deixar o veículo.

Por André Trigueiro, Edmilson Ávila, TV Globo e GloboNews

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