Cruzeiro do Oeste/PR, 24 de outubro de 2025 — A Polícia Civil do Estado do Paraná, por meio da 17ª Delegacia Regional de Polícia de Cruzeiro do Oeste, deflagrou nesta data a Operação “Rastro Oculto”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada na prática de abigeato (furto de gado), que atuava em diversas cidades do Noroeste do Estado.
A ação contou com o cumprimento de oito ordens judiciais, sendo quatro mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Oeste. As diligências foram realizadas simultaneamente nos municípios de Londrina, Ortigueira e Califórnia, com o apoio de equipes de outras unidades da Polícia Civil.
As investigações, conduzidas pela 17ª DRP, indicam que o grupo criminoso vinha atuando desde o início de 2024, utilizando um modus operandi altamente organizado. Inicialmente, os integrantes realizavam levantamentos prévios de propriedades rurais com criação de gado, identificando os locais mais vulneráveis. Dias depois, outros membros retornavam para monitorar a rotina das fazendas e, durante a madrugada, o grupo executava os furtos utilizando caminhões com placas falsas, transportando os animais furtados principalmente para a região de Londrina.
Somente na região de Cruzeiro do Oeste foram identificadas quatro ações criminosas atribuídas à associação:
- 06/01/2024 – Tuneiras do Oeste: furto de 21 cabeças;
- 02/04/2024 – Cruzeiro do Oeste: furto de 48 cabeças;
- 23/09/2024 – Tapejara: furto de 75 cabeças;
- 20/11/2024 – Tapejara: furto de 37 cabeças.
As investigações apontam que o grupo atuou em diversas outras cidades da região Noroeste, sendo responsável por mais de 300 cabeças de gado furtadas no total.
Durante a operação, foram cumpridos dois dos quatro mandados de prisão preventiva, além de apreendidos celulares que subsidiarão o aprofundamento das investigações. Ressalta-se que I.M.S., de 42 anos, um dos principais investigados, já se encontrava recluso em razão de outro crime de abigeato, ocorrido no município de Paranapoema/PR, em 11 de dezembro de 2024.
Ao final do processo criminal, as vítimas poderão ser ressarcidas pelos prejuízos materiais causados, nos termos da legislação vigente, mediante eventual reparação de danos determinada pela Justiça.
A Polícia Civil prossegue com as diligências para a identificação de outros possíveis envolvidos, reafirmando seu compromisso com o combate às organizações criminosas e à criminalidade rural no Estado do Paraná.
