Após 15 presos mortos ontem, mais 42 corpos de detentos são achados no AM

O governo do Amazonas afirmou nesta tarde que 42 detentos foram encontrados mortos dentro de celas de três prisões do estado nesta segunda-feira (27). Há sinais de asfixia nos corpos.

O governo do Amazonas afirmou nesta tarde que 42 detentos foram encontrados mortos dentro de celas de três prisões do estado nesta segunda-feira (27). Há sinais de asfixia nos corpos.

As mortes ocorrem um dia após 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, terem sido assassinados. O governo fala que ontem houve briga entre presos.

Com isso, chega a 57 o número de mortos no sistema prisional amazonense em dois dias – em 2017, rebelião no Compaj deixou 56 mortos.

Segundo a Seap (secretaria estadual de Administração Penitenciária), as mortes ocorreram por enforcamento nos seguintes estabelecimentos prisionais, todos em Manaus:

  • Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade)
  • Unidade Prisional do Puraquequara
  • Centro de Detenção Provisória Masculino

Ainda de acordo com a secretaria, agentes do GIP (Grupo de Intervenção Prisional) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar estão nas três unidades revistando e recontando os presos. Ainda não foi divulgado o número de mortos em cada unidade.

O governo amazonense diz que um inquérito será aberto para investigar os homicídios, e uma força-tarefa do Governo Federal está sendo enviada para o estado hoje.

Mortes na frente de visitas

Segundo o secretário de estado de Segurança Pública do Amazonas, Lousimar Bonates, alguns assassinatos de ontem aconteceram na presença dos parentes das vítimas no Compaj.

Uma confusão se iniciou durante o horário de visitação, e as causas ainda são desconhecidas.

Em nota, a Seap havia atribuído as mortes no domingo a uma briga de facções dos pavilhões 3 e 5. Após o acionamento do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a situação estava sob controle, segundo a pasta.

Nenhuma fuga foi registrada e nenhum agente penitenciário foi ferido durante a confusão de ontem.

Hoje, a Seap confirmou que todos os mortos foram identificados e seus corpos, liberados para as famílias. As visitas foram suspensas no local.

*Com informações da Agência Brasil e de Leandro Prazeres, do UOL, em Brasília

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