Cinófilos: conheça a relação de amor entre os policiais da PM e seus cães

Sua relação com os cachorros começou muito antes de entrar para o canil da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (5ª CIPM),

Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. Mas essa relação de amizade é claramente mais forte em alguns casos. Há quem goste tanto deles que, de tanto afeto, passam a dedicar grande parte da sua vida ao lado dos caninos. João Francisco Strozake é soldado da Polícia Militar, e desde 2011 atua como cinófilo na Corporação. Há oito anos, o policial usa o amor que tem tanto pelos cães quanto pela farda ao preparo e a adaptação desses cães para o policiamento.

Sua relação com os cachorros começou muito antes de entrar para o canil da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (5ª CIPM), local onde ele exerce sua função de cinófilo até hoje. Enquanto frequentava a escola de formação de soldados, em Campo Mourão, ele conta que surgiu a vontade de compor seu currículo com um curso de adestramento de cães. Se apaixonou pela prática nas aulas e, desde então, decidiu seguir a carreira voltado ao trabalho com os caninos. O que poucos sabem, por sua vez, é como funciona a rotina diária daqueles que se encarregam por moldar esses cães até que eles se tornem aptos a servir a comunidade.

Onde ele atua, o soldado Strozake e mais três soldados se dividem na manutenção do canil e no treinamento dos cães que ali estão. Todos os dias da semana, o processo de adestramento ocorre por seis horas, e esse revezamento acontece para que os cachorros sempre estejam disponíveis a atuar em alguma ocorrência que exija algum potencial específico. Existem os cachorros que são treinados especialmente para a busca e faro de entorpecentes, busca de pessoas e outras diversas habilidades que variam de acordo com a sua raça.

“Cada condutor fica responsável por cuidar do seu próprio cão, e isso serve para criar uma intimidade maior com o bicho”, conta o soldado. No seu caso, ele fica encarregado pelos cuidados de dois cachorros, das raças Pastor Belga e Cão de Santo Humberto.

O segundo, cujo seu nome é Frida, possui habilidades incríveis, como ele mesmo ressalta. “Ela é um cão especialista apenas em buscas nas regiões de difícil acesso, por não apresentar uma mordida essencial para os casos em que isso se exige”, afirma.  “Mas age com maestria em situações de faro, se tratando da raça com o maior número de células olfativas”, salienta. A nível de curiosidade, ele conta que a raça em questão foi desenvolvida por monges belgas justamente para localizar pessoas que se perdiam em montanhas nativas.

No último evento com cães da 5ª CIPM, na última terça-feira (09/07), a população de Cianorte pôde acompanhar de perto uma demonstração de como esses cães atuam rotineiramente. Na ocasião, mais de 200 pessoas da comunidade se reuniram na iniciativa da Companhia, que apresentou Thor ao público, cão que é destaque em todas a suas áreas de atuação. A ideia dessas e outras ações da PM é, através da transparência, passar ao público local um sentimento de segurança ao saber das capacidades que Thor e outros caninos têm no combate ao crime.  

Para exercer a função, o policial precisa buscar conhecimentos específicos fora da Corporação, o que, para Strozake, é a prova de que o trabalho realizado por esses profissionais é uma escolha embasada tão somente no amor, justificando o fato da atividade ser uma tarefa executada pelos policiais de maneira voluntária, como em seu caso. Mas o soldado se orgulha disso, e não se arrepende nem um pouco de toda a sua doação. “É gratificante estar ajudando as pessoas com algo que te dê prazer. Ser cinófilo demanda tempo e conhecimento, mas a recompensa vem depois que o cão se torna apto a desenvolver sua função com base em seus treinamentos dados anteriormente”, garante.

 

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