O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira (18) que é viável aprovar a reforma da Previdência na Casa ainda no primeiro semestre deste ano. A declaração foi dada depois de um evento sobre a reforma da Previdência, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo ele, os militares não devem apresentar resistência para aprovar a matéria. Maia disse ainda que se a reforma não for feita, o Brasil "voltará aos tempos de hiperinflação".
No fim de semana, em reunião entre os presidentes dos três Poderes, Rodrigo Maia disse que a construção da base do governo no Congresso deve durar mais duas ou três semanas e a proposta deve começar a ser votada pelo Plenário da Câmara no fim de maio.
“Cada deputado representa uma parte da sociedade. Então, às vezes, demora mesmo. Espero que a gente possa até o final de maio ter essa matéria pronta para Plenário e, a partir do final de maio, começar a votar no Plenário da Câmara", disse Rodrigo Maia.
Antes da votação pelo Plenário da Câmara, a reforma da Previdência precisa do aval da Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, de uma comissão especial que vai analisar o tema.
Quando a proposta for à Plenário, serão necessários 308 votos favoráveis dos 513 deputados, em dois turnos de votação. Se for aprovado, o texto ainda vai passar por uma nova rodada de análise no Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, já criou, inclusive, uma comissão especial para acompanhar desde as discussões sobre a reforma.