Na tarde de ontem (segunda-feira – 22/07), a Polícia Militar de Francisco Alves/PR foi procurada por moradora da área central da cidade, após segundo relatos, a mesma ter sido enganada no golpe do WhatsApp clonado.
Segundo a mesma, seu irmão começou a trocar mensagens com ela pelo aplicativo, e após certo tempo de papo, pediu que a mesma que emprestasse certa quantia em dinheiro. A princípio a mesma foi até a lotérica da cidade, e ao realizar o depósito na conta que lhe havia sido passada, desconfiou pois não era o nome do seu irmão.
Mas a mesma ao tentar ligar para saber mais detalhes da transação financeira, e não conseguir falar com seu irmão, decidiu realizar o depósito achando que aquela conta em nome de outra pessoa poderia ser de algumas dívida que seu irmão possuía com aquela terceira pessoa. Certo tempo depois de fazer o pagamento, foi que ela conseguiu contato com seu irmão e descobriu que havia sido enganada por um golpista.
Sendo assim, após a confecção do Boletim de Ocorrências, a mesma foi orientada e encaminhada a situação para a 15 ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Iporã/PR, a qual tomará parte da investigação e apuração dos fatos.
Como evitar o golpe:
Os cibercriminosos têm como principal alvo pessoas que publicam anúncios em sites de vendas e disponibilizaram um número de celular. Com a informação, os autores do golpe enviam uma mensagem se passando pela empresa que hospeda o anúncio. A idéia é alertar a pessoa sobre uma suposta necessidade de manter o anúncio ativo com o envio de um código.
As mensagens apresentam algo como “Verificamos um anúncio recém postado, e gostaríamos de atualizar para que continue disponível para visualização” ou “Devido ao grande número de reclamações referente ao seu número de contato, estamos verificando”.
Em seguida, há o pedido para a pessoa informar um código recebido via SMS. A informação, que seria da plataforma de anúncios, é, na verdade, um código de ativação do WhatsApp. Ele é enviado para a vítima porque os cibercriminosos usaram seu número para configurar uma conta em outro celular.
Caso ela não perceba que se trata de mensagem do WhatsApp e envie o código, seu acesso é cancelado e a conta é transferida para o outro aparelho. Assim, mesmo com número diferente, os cibercriminosos terão acesso ao histórico de mensagens da vítima.
O golpe não para por aí: em seguida, eles se passam pela pessoa e enviam mensagens para os contatos mais recentes, em geral amigos e familiares, para pedir empréstimos para uma suposta emergência.
Se a pessoa próxima à vítima estiver disposta a ajudar, os cibercriminosos perguntam qual o banco mais fácil para ela e enviam os dados da conta bancária de um “laranja”. A ação pode ser repetida até que a pessoa consiga recuperar sua conta, quando o estrago já pode ter sido grande.
O WhatsApp parece já saber da prática e adotou algumas medidas para evitar a clonagem de contas. Uma delas é simples: a mensagem de ativação de contas passou a exibir o aviso “Não compartilhe este código”.
Para aumentar a proteção, a saída é habilitar a autenticação por dois fatores do WhatsApp. “É uma senha que o usuário cria e é solicitada de vez em quando pelo app”, explica.
“Mesmo que a vítima informe o código de ativação, o criminoso terá de pedir a senha da dupla autenticação – isto já sai do contexto do anúncio e a pessoa pode perceber a fraude antes de ser tarde demais”, afirma.
Para habilitar a autenticação, abra o WhatsApp no celular e siga o caminho Configurações > Conta > Confirmação em duas etapas. Aproveite e ative a verificação de duas etapas em outros serviços que você usa.
Com informações: PM de Francisco Alves/PR –