Produção industrial do Paraná avança 2,3% em agosto deste ano, aponta IBGE

O desempenho do estado foi o quarto melhor apresentado

A produção industrial do Paraná avançou 2,3% em agosto deste ano, em relação a agosto de 2018. O desempenho do estado foi o quarto melhor apresentado para o período nos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — Amazonas (13,0%), Pará (12,8%), Rio de Janeiro (4,5%).  A tendência do parque industrial paranaense foi ainda contrária a nacional, que registrou uma queda de 2,3% na média global.

Em oito regiões a produção encolheu segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 8. Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve um avanço de 0,7%. 

Por outro lado, houve perdas na indústria do Espírito Santo (-16,2%), Região Nordeste (-10,1%), Bahia (-9,3%), Pernambuco (-9,2%), Mato Grosso (-6,5%), Minas Gerais (-6,5%), Rio Grande do Sul (-6,3%) e Santa Catarina (-3,1%). Segundo o IBGE, houve contribuição negativa do efeito calendário, uma vez que o mês de agosto de 2019 teve um dia útil a menos do que agosto de 2018.

Na média global, a indústria nacional encolheu 2,3% em agosto deste ano ante agosto do ano passado.

REGIONAL

O levantamento mostra ainda o Paraná como único representante do Sul do País a apresentar evolução positiva de julho para agosto (0,3%). Rio Grande do Sul registrou queda de 3,4% e Santa Catarina de 1,4% na produção. O mesmo vale no indicador de agosto de 2018 a agosto de 2019. Enquanto o Paraná cresceu 2,3%, Rio Grande do Sul teve redução de 6,3% e Santa Catarina de 3,1%).

DESTAQUES

O resultado da indústria paranaense no acumulado do ano foi impulsionado, principalmente, pelas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, rações, açúcar cristal e carnes de bovinos congeladas) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita).

BOM MOMENTO

Júlio Suzuki Júnior, economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), reforça o bom momento do setor industrial no Estado, em contraponto ao quadro nacional. “Essa diferença entre o produzido no Paraná e no País como um todo deixa o resultado ainda mais destacado. São números muito relevantes, isolando o Paraná como único do Sul do País a ter resultado positivo em agosto”, afirmou.

Ainda segundo o economista, o crescimento linear da atividade industrial no Estado aponta para um resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) local no fim de 2019. “Estamos mantendo a dinâmica de crescimento desde o início do ano, com um incremento que não é concentrado apenas em um setor industrial. Algo bastante promissor que deve contribuir para um resultado positivo do PIB paranaense em 2019”, explicou Suzuki Júnior.

RECUPERAÇÃO

Apesar da variação negativa nos últimos 12 meses, o índice nacional registrou uma leve recuperação na passagem de julho para agosto (0,8%). Houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Os maiores avanços foram no Amazonas (7,8%) e no Pará (6,8%), mas São Paulo (2,6%), Ceará (2,4%).

12 MESES

O Paraná é o segundo Estado em crescimento da produção industrial no acumulado de 12 meses (setembro de 2018 a agosto de 2019), com crescimento de 4,5%, atrás apenas do Rio Grande do Sul (6,6%). O índice nacional caiu 1,7% nesse balanço.

AGOSTO

A comparação entre agosto deste ano e do ano passado também indica salto positivo no Paraná, de 2,3%, quarto maior crescimento do País, atrás apenas de Amazonas (13%), Pará (12,8%) e Rio de Janeiro (4,5%). O índice nacional apontou queda de 2,3%.

EMPREGOS

O Paraná também mantém em 2019 a tendência de crescimento na criação de empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

No acumulado de 2019, o Estado abriu 49.704 vagas, sendo a quarta unidade da federação que mais empregou. De janeiro a agosto foram abertas 593.467 vagas formais no Brasil, variação de 1,55% sobre o estoque do mesmo período do ano passado.

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