Com uso da energia solar, produtores rurais conseguem economizar e impulsionar os resultados
O agronegócio é a principal frente de negócios que move a economia do Paraná. Prova disso é que o Estado atingiu novos recordes na produção de frango e na de carne suína no 2º trimestre de 2024, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor vive um ótimo momento e o Paraná se consolidou como o maior produtor de frango no Brasil.
De abril a junho deste ano, foram abatidas 565,50 milhões de cabeças de frango, 33,24 milhões a mais do que nos mesmos meses de 2023.
Já com relação aos suínos, foram 178,12 mil unidades a mais abatidas no comparativo do segundo trimestre de 2024 e o mesmo período do ano passado. Foram 3,19 milhões de unidades produzidas neste ano de abril a junho, de forma com que o Paraná alcançou a melhor marca trimestral da história. Com isso, o Paraná se mantém na vice-liderança do segmento de carne suína, com 21,9% da produção nacional.
A dedicação dos produtores rurais é o primeiro fator para este crescimento. Só que são vários os desafios. O custo da produção é um deles, principalmente com energia elétrica.
Foi com a instalação de placas fotovoltaicas que o avicultor Pedro Luiz Garlet, de Sede Alvorada, distrito de Cascavel, quase zerou o custo da conta de luz. “Só não zerou porque aumentou muito a nossa demanda. Investimos mais na propriedade, mas isso só aconteceu por conta da economia com energia elétrica”, resumiu.
Placas fotovoltaicas estão em 394 municípios do PR
A geração de energia sustentável por meio da luz do sol com uso de placas fotovoltaicas impulsionou os bons resultados dos produtores paranaenses. Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 394 municípios do Paraná produtores rurais já optaram por fonte de geração de radiação solar instalada. Apenas na área rural do Estado, são 757.283,12 de potência em kWh instalados.
De acordo com o CEO da BioWatts Energia Solar, empresa de Cascavel que é referência em energia solar, Pedro Tochetto, a escolha por energia fotovoltaica é decisiva para que o produtor rural tenha bons resultados. “Imagine que 25% do custo da produção é com energia elétrica. Não tem como o produtor não olhar para isso. Não é possível trabalhar sem energia e tudo isso é muito significativo e custoso no orçamento. A piscicultura é outro setor que cresce cada vez mais e, neste caso, o gasto com energia é de mais de 40%. Isso torna a produção inviável e por isso é necessário pensar em energia solar”, ressalta.