Diferentemente do que se temia, o tarifaço norte-americano não provocou qualquer recuo na exportação da carne bovina brasileira. Prova disso é que o volume embarcado no Porto de Paranaguá nos primeiros nove meses deste ano já é 9% maior que as 675 mil toneladas exportadas ao longo de todo o ano passado, de acordo com números divulgados nesta sexta-feira (24) pelo TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá).
Em parte isso é fruto da política de investimentos da TCP, que em 2024 concluiu as obras de ampliação do pátio destinado à armazenagem de contêineres refrigerados, que passou de 3.624 para 5.268 tomadas, tornando o terminal paranaense do maior parque para armazenagem de contêineres reefer da América do Sul.
A China continua como o principal destino da carne bovina embarcada em Paranaguá, agora com 59,2% das exportações. Estados Unidos (7,5%), Rússia (4,5%), México (4%) e Itália (2,7%) completam a lista dos cinco principais importadores.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, no acumulado de janeiro a setembro deste ano as exportações brasileiras de carne bovina alcançaram 2,44 milhões de toneladas, com alta de 16% frente ao desempenho do mesmo período do ano passado. Já a receita subiu 35,4% e chegou a US$ 12,4 bilhões, se aproximando do faturamento de todo o ano de 2024, que alcançou US$ 12,8 bilhões.
CARNE DE FRANGO
As exportações de carne de frango congelada seguem como o principal produto exportado pela TCP, que até setembro havia embarcado 1,724 milhão de toneladas, o correspondente a 44% do volume embarcado no País todo, tendo como principais destinos Emirados Árabes Unidos (8,8%), China (8,2%), Japão (7,1%), África do Sul (7%) e México (6,5%).
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, as exportações brasileiras de carne de frango atingiram 3,876 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2025, com recuo de apenas 1% no comparativo com as 3,917 milhões de toneladas registradas para o mesmo período de 2024.
