Aprimoramento do manejo do solo melhora desempenho da soja e do milho

 Produtores do Paraná que apostaram na melhoria de solo já estão colhendo os resultados do investimento

 Produtores do Paraná que apostaram na melhoria de solo já estão colhendo os resultados do investimento. O retorno é mais visível para aqueles que passaram a adotar medidas de ajuste há mais tempo, como a família Nishida, de Santa Rita, interior de Terra Roxa, no extremo-oeste do estado. Dez anos atrás, Eduardo e o primo Édson começaram a fazer o mapeamento das áreas através da agricultura de precisão (AP) em 48 hectares como experiência. O serviço identificou as características e necessidades do solo e eles começaram a fazer as correções. Aplicaram calcário com taxa variável e também gesso, para impedir a absorção de alumínio, além de oferecer cálcio e enxofre às plantas. Outra providência foi a semeadura de brachiaria em parte das áreas ocupadas pelo milho como forma de gerar matéria orgânica, descompactar o solo e ajudar a controlar ervas daninhas na cultura da soja plantada na sequência. A aveia também entrou no sistema de produção para ajudar a garantir cobertura verde para o solo durante o ano todo.

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Eduardo revela que as mudanças resultaram em aumento de 16% na produtividade média da soja. “Você tem que ir atrás da tecnologia, usar as ferramentas disponíveis, fazer o mapeamento da produtividade”, avalia o produtor. Outro benefício do aprimoramento do manejo foi o melhor desempenho do milho nesta safrinha de 2021 em que a estiagem castigou as plantações. A lavoura dos Nishida resistiu razoavelmente bem à escassez de água. A boa tolerância ao período seco vai levar o produtor a semear brachiara em 100% da área de milho de agora em diante. O aperfeiçoamento do manejo é parte da estratégia da família para elevar a produtividade da soja para 82 sacas/hectare e do milho a 144 sacas/hectare.

TERCEIRA GERAÇÃO

 

A família Nishida chegou ao Paraná no final dos anos 1960, depois de deixar o interior de São Paulo. Takeo, pai de Eduardo, e Saburo, pai de Édson, se instalaram no interior de Terra Roxa e começaram cultivando 25 hectares cada um, dedicando-se ao café e algodão. Abandonaram essas culturas e passaram a produzir soja e trigo. Com os bons resultados, foram comprando novas áreas até chegar aos atuais 408 hectares. Com os preços das terras nas alturas, Eduardo revela que a prioridade da família não é ampliar o cultivo. “Estamos pensando na diversificação. Frangos, suínos, estamos avaliando”, afirma o produtor. Os Nishida fazem planos enquanto a filha Sara vai chegando ao fim do curso de Agronomia e se prepara para suceder o pai Eduardo e a mãe Kátia nas atividades de campo como a terceira geração da família no agronegócio.

 

RAIO X

Família Nishida

Localidade: Terra Roxa (PR)

Área: 408 hectares

Produtividade da soja antes da AP: 55 sacas/há

Produtividade da soja depois da AP: 64 sacas/há (+16%)

Eduardo e Kátia: Sara, Camila e Vitória

Édson e Celma: Vinícius, Felipe, Artur e Maria Luiza

 

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