A carne de laboratório é apresentada como uma alternativa "quase milagrosa" que promete revolucionar a indústria de alimentos, embora no momento esteja em uma fase incipiente de desenvolvimento e suscite mais perguntas do que respostas. Foi isso que informou um artigo publicado pela RTVE, da Espanha.
“A carne artificial é aquela que é criada em laboratórios a partir de células-tronco extraídas de músculos e outros elementos orgânicos, como penas. Essas células são coletadas por biópsia, causando danos mínimos ao animal e, em seguida, se reproduzem de maneira controlada, de modo que elas cresçam e formem um novo tecido muscular”, diz o texto.
Os primeiros experimentos para produzi-la foram realizados pela Agência Espacial Norte Americana (NASA) no início dos anos 90. O objetivo era encontrar a fórmula para alimentar os astronautas em missões de longo prazo, e até antecipar futuras colonizações espaciais.
“Seis anos se passaram e ainda há um longo caminho a percorrer, uma vez que o processo de produção é extremamente complexo. Cultivar células requer o fornecimento de nutrientes (o soro bovino é usado atualmente), evitar a contaminação das culturas, garantir que a reprodução celular esteja livre de efeitos carcinogênicos”, indica.
Uma das principais frentes em que os cientistas estão trabalhando é a falta de sabor e textura. A carne que normalmente é consumida é um conglomerado de vários elementos, como músculo, sangue, gordura, nervos … A carne cultivada é apenas muscular, e para melhorar o sabor e textura (gordura, por exemplo, é essencial para dar sabor).