Gerações no campo: Agroindustrialização garante a sustentabilidade da atividade rural

A família produz grãos, suínos, leite e feno em uma pequena propriedade de Palotina (PR)

“Essa granja é como ganhar na Mega Sena: não tem coisa melhor.” A comparação de Margarete Pasqualotto Bonafim reflete a empolgação que ela sente pelos resultados que a diversificação de atividades proporciona. A família produz grãos, suínos, leite e feno em uma pequena propriedade de Palotina (PR) aproveitando a “rede de proteção” criada por cooperativas como C.Vale e Frimesa. “Se fosse só grãos, a gente não viveria em três famílias em cima de 17 hectares”, prossegue. Ilvo, o marido, concorda e acrescenta que “o leite paga a faculdade da minha filha mais velha, o estudo da mais nova e ainda ajuda nas contas do mês”. O pai de Margarete, Darci, que também vive na propriedade, lembra que, no tempo em que ele e a esposa Ana produziam leite de forma independente, a renda era incerta. “Agora, o dinheiro é garantido todo o mês. A gente pode fazer investimento sabendo que vai ter como pagar”, afirma.

 

PRAZER PELO TRABALHO

Dentro do galpão de ordenha em que os animais são tratados quase como bichos de estimação, Ilvo brinca que “as vacas sabem o quanto a gente gosta delas e dão retorno”. Margarete complementa: “Você tem que gostar do que faz e para melhorar os resultados precisa da assistência técnica.” As orientações técnicas são fornecidas pela C.Vale enquanto que a industrialização do leite é responsabilidade da Frimesa, da qual a C.Vale é sócia. Para a produtora, as atividades alternativas proporcionadas pelas cooperativas trouxeram alegrias e estabilidade econômica. “Vejo meu vô feliz, com saúde, aos 94 anos. Vejo meu pai e minha mãe felizes e tranquilos com o que têm”, conta. Mais do que isso, a renda extra proporcionada pela diversificação permite à família planejar a sucessão das atividades. “Eu gostaria que uma das minhas filhas tocasse essa granja”, anuncia Ilvo. Michele, a mais nova, de 14 anos, já mostra disposição de permanecer no campo. “Vou fazer Veterinária e continuar na propriedade. Tenho muito orgulho do trabalho dos meus pais”, revela.

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