Voltou a chover em áreas de produção de grãos do Paraná no fim de semana, mas o déficit hídrico ainda ameaça o potencial produtivo das lavouras e atrasa o plantio de segunda safra, segundo reportou o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura. “As chuvas beneficiam o desenvolvimento das lavouras em geral, mas, infelizmente, o período de estiagem e as altas temperaturas nos meses de novembro e dezembro diminuíram o potencial produtivo principalmente das culturas de verão. O porcentual de perdas está sendo levantado”, informa o escritório regional de Apucarana. No município, a soja encontra-se em floração e frutificação e o milho em frutificação.
Na região de Cascavel, onde a chuva no sábado e no domingo foi isolada – atingiu apenas seis dos 28 municípios que compreendem o núcleo regional – a falta de umidade retarda o plantio do milho segunda safra. “A cultura do feijão já esta com 75% da área colhida, com produtividade de 2.200 quilos por hectare. No milho primeira safra, o comprometimento é bem menor com relação a cultura da soja”, diz a regional, sem dar mais detalhes.
Em Umuarama, de acordo com a regional, o município de Tuneiras do Oeste, onde se produz soja, foi o único a registrar volume de chuva significativo. “Nos outros municípios em que temos produção da oleaginosa as chuvas foram muito fracas, com média de 5 milímetros. A esperança dos produtores era de que uma chuva generalizada pudesse interromper as perdas nas lavouras mais novas.” Para os próximos dias, a meteorologia, conforme o relatório do Deral, aponta chance de chuva fraca.