A fria noite de domingo foi de mais uma frustração ao Grêmio. O Tricolor ficou no 0 a 0 com o Fortaleza na Arena e teve muita dificuldade na criação. Segue sem vencer no Brasileirão e na lanterna. Apesar da falta de resultados, a direção respalda o trabalho de Tiago Nunes.
Não penso em nada drástico, mas em trabalhar e gerar estabilidade. Há qualidade no trabalho interno e dos jogadores. A situação é muito incômoda. Precisamos escrever uma nova história.
A escalação deu alento aos gremistas. Douglas Costa apareceu entre os titulares pela primeira vez. O camisa 10 era a esperança de liderar o time para iniciar a retomada na competição. Até tentou produzir, mas sentiu falta da parceria para ludibriar a marcação.
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O Grêmio foi superior na posse de bola, 53%, e acertou mais passes que o rival – 320 a 218. O que não se traduziu em hierarquia durante a partida. O time finalizou 15 vezes contra 16 do Fortaleza.
Entretanto, apenas o cabeceio de Ferreira na trave no primeiro tempo, o de Diego Souza na etapa final e o pênalti, ambos defendidos por Felipe Alves, realmente levaram perigo.
Ferreira, principalmente na etapa inicial, foi pouco acionado. Bobsin tentava reger o Tricolor. E, quando era atacado, concedia espaços e sofria para segurar a equipe de Juan Pablo Vojvoda.
Lucas Silva entrou logo aos 21 minutos do primeiro tempo porque Thiago Santos apresentou um problema na coxa direita, mas teve trabalho. O pênalti do Fortaleza foi oriundo de uma perda em dividida com Robson. O atacante invadiu a área e foi derrubado por Kannemann, que acabou expulso.
O zagueiro, aliás, antes mesmo do vermelho já sofria na marcação. Mesmo quando tentava rebater, pecava. Geromel melhorou após a entrada de Paulo Miranda, mas chegou a ficar na saudade ao ser driblado por David.
O sistema defensivo tem trabalhado de forma firme e forte. Temos dados muito claros da equipe e sofremos poucos riscos. O gol é algo que não controlamos. Tenho que entender o macro. Temos boas atuações, seguras.
— Tiago Nunes
O goleiro Gabriel Chapecó teve papel fundamental para evitar mais uma derrota. Cometeu uma falha no início do segundo tempo e precisou ser salvo por Rafinha quase em cima da linha, é verdade. Porém, defendeu o pênalti de Yago Pikachu e ainda brilhou em outras duas intervenções, em finalizações de Éderson e David.
O empate mantém o time na incômoda lanterna, com apenas dois pontos, sem saber o que é ganhar no Brasileirão após cinco jogos. A última vitória da equipe ocorreu no distante 6 de junho, quando aplicou 3 a 0 sobre o Santa Cruz pela Recopa Gaúcha.
Tiago Nunes mantém o crédito junto à direção do Grêmio — Foto: Tomás Hammes
A falta de resultados incomoda. Nas redes sociais, inclusive, o trabalho do treinador já sofre contestações por parte da torcida. O que não reverbera junto à direção. Tiago Nunes segue com prestígio. Uma interrupção sequer é cogitada mesmo que o time tropece novamente na próxima rodada.
– Nem vou abordar este tema. O que discutimos é sobre evolução que temos e precisamos seguir no trabalho. Este recomeço após o período de vários atletas com Covid-19 nem quero mais falar porque parece uma desculpa eterna. Vemos uma evolução, melhora. Estas vitórias, que já poderiam ter ocorrido, virão – afirma o executivo Diego Cerri.
Com a confiança da direção, Tiago Nunes tenta tirar o Grêmio da delicada situação na tabela. Na tarde desta segunda-feira, o Tricolor começa a traçar a estratégia e focar na próxima rodada. O duelo com o Juventude será disputado nesta quarta, às 21h30, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
