Essa foi a principal mudança feita por Loss em apenas dois dias de treinos desde a eliminação. Com Ramírez, o encaixe da marcação era individual. Os defensores perseguiam os rivais pelo campo a partir de suas movimentações.
O interino retomou o encaixe defensivo por zona, com cada atleta responsável por guarnecer seu setor em campo. O resultado foi uma equipe mais sólida defensivamente e que se desgastou menos por correr de forma mais "organizada".
Por isso, a falsa sensação de que o Inter se doou mais e estava mais inteiro neste domingo do que, por exemplo, na derrota para o Vitória. Conforme ouviu o ge, os índices físicos e de distância percorrida nas duas partidas foram muito parecidos.
A maior organização defensiva tem uma evidência muito mais notória. O Inter vinha de dois jogos com oito gols sofridos. Neste domingo, saiu zerado, mesmo que o Bahia tenha finalizado mais que o dobro de vezes – 13 a 6.
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Na entrevista coletiva após a partida, o interino ressaltou justamente o sacrifício e a disciplina tática da equipe para segurar o 1 a 0 mesmo com um a menos durante quase todo o segundo tempo. A partir da expulsão de Lucas Ribeiro, aos 6 minutos.
Loss também falou em usar o "legado" deixado por Ramírez como trampolim para buscar os resultados. Mas isso se refletiu apenas na escalação inicial, com a equipe no 4-1-3-2 – mesmo esquema do primeiro tempo contra o Vitória.
E também nos primeiros minutos de partida. A exemplo do que ocorria com Ramírez, o Inter assumiu o controle das ações e chegou a ter 72% de posse de bola no início do jogo. Sem criar chance alguma.
De fato, a equipe só conseguiu chegar ao gol a partir do momento em que o Bahia passou a ditar o andar do jogo. E reagindo, diga-se. Após um erro na saída de bola, Taison dominou na intermediária e pifou Edenílson.
O camisa 8 saiu livre dentro da área, sofreu e converteu o pênalti que definiu a partida. Esta foi a única finalização do Inter nos primeiros 45 minutos, em que a equipe teve 55% de posse de bola.
No segundo tempo, foram cinco conclusões a gol, mesmo que o Bahia tenha revertido a estatística da posse de bola e encerrado o jogo com vantagem neste quesito – 53%. Algo que não ocorria na era Ramírez e que é sintoma também da inferioridade numérica colorada.
