A equipe de ogol.com.br costuma homenagear sempre os aniversariantes do dia, parabenizando os craques do presente e relembrando os do passado, que marcaram a história do futebol. Todo dia 5 de fevereiro enfrentamos o mesmo dilema: o que fazer quando jogadores como Neymar, Cristiano Ronaldo, Carlitos Tevez e Hagi comemoram no mesmo dia?
A resposta é simples: é impossível deixar passar em branco. Além de terem todos intimidade rara com a bola, os craques marcaram ou ainda marcam época e, por isso, todo dia 5 de fevereiro prestamos homenagens.
Hagi, o maior jogador da história do futebol romeno
No Brasil, muitos recordam de Hagi pelas grandes atuações na Copa do Mundo de 1994, quando a Romênia por muito pouco não entrou no caminho do tetracampeonato brasileiro (acabaram eliminados pela Suécia, nos pênaltis, nas quartas de final).
Hagi participou de outras duas Copas, em 1990 e 1998, e a seleção romena nunca foi tão forte como quando tinha o genial 10 em campo. O habilidoso meia é até hoje o maior goleador de seu país.
O romeno ficou famoso também por seus chutes venenosos. Hagi colocava a bola onde queria, de onde quer que fosse. Bastava um momento de desatenção do goleiro e lá estava a redonda, voando em direção a rede. Parecia fácil.
Hagi passou por Barcelona e Real Madrid, fez história no romeno Steaua e é ídolo no Galatasaray, onde conquistou o tetracampeonato turco.
Carlos Tevez – o Campeão do Povo
©Prensa Boca
Ídolo na Argentina, ídolo no Boca Juniors, ídolo no Corinthians, ídolo na Juventus… por onde passou, Tevez conquistou corações e, acima de tudo, muitos títulos.
Tevez foi campeão do Argentino, do Brasileiro, do Inglês (três vezes) e do Italiano (duas vezes). Levantou o troféu da Copa Libertadores e da Liga dos Campeões. Foi campeão mundial de clubes e comandou a Argentina no título das Olimpíadas de 2004. Venceu a Sul-Americana, copas e recopas. Voltou para o Boca Juniors em 2015 para ser campeão mais uma vez. Parece ter nascido para vencer.
Tevez pode não ter a classe demonstrada pelo craque romeno Hagi, mas sempre que precisou, compensou com raça. De sua infância, pobre, "El Apache" carrega cicatrizes, no corpo e na alma, além do próprio apelido. Nunca fugiu das polêmicas. Sempre quis ser o jogador do povo e tem tido sucesso. Basta consultar qualquer torcedor do Boca para entender a importância do craque argentino.
Cristiano Ronaldo, uma máquina de jogar futebol
©Catarina Morais
Um país pequeno, mas que de tempos e tempos brinda o futebol com grandes craques. Portugal teve em Eusébio seu primeiro grande jogador, depois viu Figo se transformar no "melhor do mundo", e agora tem acompanhado Cristiano Ronaldo brilhar internacionalmente como uma máquina de fazer gols.
Cristiano Ronaldo já é considerado o melhor jogador português de todos os tempos, e exibe com orgulho as suas cinco Bolas de Ouro conquistadas.
Aos 35 anos, o Ronaldo português segue bastante eficaz, distribuindo gols. Poucos atletas mantiveram tão alto nível e tamanha eficiência por tantos anos. Gostem ou não, já tem seu lugar reservado na história do futebol. Não fosse pelo fato de ter a concorrência de Messi, o craque luso teria passado anos sem um "adversário" à altura.
Neymar, o futuro melhor do mundo?
©Rafael Ribeiro/CBF
Neymar marcou época no Santos. Chegou ao Barcelona cercado de altas expectativas e também de muita desconfiança. Em pouco tempo, deixou sua marca na história do clube, com títulos e a parceria com Messi e Suárez, um trio que ficou marcado como um dos melhores da história.
Poucas vezes um atleta alcançou tanto reconhecimento internacional sem antes ter pisado no futebol europeu. Neymar se transferiu para o Barcelona ciente de seu papel de coadjuvante de Messi, mas conseguiu ser muito mais que isso.
Agora no PSG, depois de ter saído do Barcelona como a contratação mais cara da história do futebol, o craque vem convivendo com críticas e lesões, mas mostrando um desempenho espetacular no que diz respeito aos números, com gols e assistências para todos os gostos.
Na seleção brasileira, o craque já passou a marca dos 100 jogos. Com 62 gols marcados, persegue Pelé, o maior artilheiro da história da Amarelinha, com 77.
Edu, Eduzinho, Edu Coimbra, o irmão de Zico (e craque da família?)
Muitos diziam que era o craque da família. Eduardo Antunes Coimbra, o Edu, ou Eduzinho, por sua baixa estatura, acabou por ficar conhecido com o irmão de Zico, mas construiu toda uma história antes do "Galinho de Quintino" se transformar no ídolo maior do Flamengo.
Edu brilhou mesmo na época de ouro do futebol brasileiro, nas décadas de 60 e 70. Fez sucesso especialmente com a camisa do America, então ainda uma força respeitada no futebol carioca. Não havia um fundamento no qual Eduzinho não fosse especial diziam aqueles que acompanharam a sua carreira.
Chegou à seleção brasileira, onde atuou por 54 vezes, apesar da forte concorrência, e fez seis gols. Talvez não tenha sido melhor que Zico, mas certamente nutria o mesmo carinho pela bola.
Cesare e o início da dinastia Maldini
Hoje, Cesare Maldini pode ser reconhecido hoje mais como o pai de Paolo Maldini. Mas o defensor lendário, que iniciou sua carreira na década de 80, teve a honra de aprender com outro ídolo, o primeiro da "Dinastia Maldini" no Milan.
Cesare Maldini foi atleta de seleção. Disputou a Copa do Mundo de 1962. Mas foi com a camisa do Milan que brilhou de forma mais intensa, depois de deixar o Triestina. Foi quatro vezes campeão italiano pelo time rubro-negro e ainda levantou um troféu de campeão europeu.
Assim como o filho, Cesare parecia desfilar seu talento por todos os setores da defesa, como lateral, zagueiro ou líbero. É avô do jovem Daniel Maldini, que recentemente estreou no time profissional do Milan.